Revelo a ti todos os sentimentos escondidos no meu coração.
Despejo em ti o meu carinho infindável.
Aproximo de ti para o seu corpo aquecer o meu.
Observo em ti a serenidade de sua fala 
que de tão doce não me cansa ouvir.
Espero de ti o amor que eu sei que sempre vem.
Encontro em ti a completude do meu ser.
Recorro a ti quando estou triste, pois a tristeza se dispersa quando a vejo.
Reflito em ti quando olho nos seus olhos
isso me faz estar próximo do seu coração.
Agradeço a ti a alegria que me encanta e conjumina com o amor.
Descrevo em ti as formas de amar e só de beijar-te existem muitas.
Aposto em ti a união duradoura como o pássaro e o ar.
Lembro em ti a inocência da criança
quando as sua mãos seguram as minhas com aperto.
Componho a ti a inspirada poesia 
mas que se torna insignificante perto da imensidão desse amor.
Refugio em ti quando me sinto sem saída 
diante de algum problema da vida.
Ancoro em ti 
pois sua presença é o mais seguro cais.
Hoje a ti desfaço as amarras da solidão
e liberto-te de vez pro meu amor.
Aproveito em ti a anatomia perfeita
para deslizar minhas mãos na seda da sua pele.
Suaviso em ti a melodia mais pura e sincera.
Viajo em ti
pois sua beleza é o Haiti de céu azul.
Navego em ti
porque o Mediterrâneo se torna um simples riacho perto da sua grandeza.
E por fim, amar-te, me impede a descrição.

São Paulo, 27 de abril de 2006.

Carlos Eduardo Fajardo
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