De Repente, Toda Magia Acabou

Rápido vi de relance
Um lance rápido
Foi o que eu vi
Mas bastou pra ver a ti ... ali???
Não, confesso não entendi
Mas quando a realidade vi ...
Ah, toda mágica acabou ...
E novamente, meu coração chorou ...
Minha mente se encheu
Meu peito doeu ...
E finalmente ... o pranto rolou.
Te vi onde não devia
Vi ali, estampado, teu sorriso de alegria
Esses de todas as minhas poesias
Vi quando tudo desmoronou
Vi meu sonho, que se desmanchou
Vi quando toda mágica acabou ...
Mas a (há?) esperança, não ...
Tentar levá-la assim, é em vão
Pois não vem até a mim
E quando quero ir, sempre me diz não
E agüenta meu coração
Que de todos os golpes que sofreu
Foi de ti o mais cruel
Justo de ti ... meu anjo do céu
Sentei-me ali ... atônito
Tentando recuperar o fôlego ...
Como? Perguntava eu a esmo
Como? Perguntava a Deus se era mesmo
Verdade o que meu olhos viam
E de tanto procurar-te ... ah, encontrei-a
De um modo diferente ... não eras tu ...
Foi um corte no peito, que me deixou nu
Sem alma, sem respeito, um ferido cru
N’alma a chama arde...invadindo o coração
No peito a vontade invade, de acreditar na intenção
Na mente a vaidade, de pensar “foi tudo em vão”
Hoje o Sol não brilha mais
(enquanto eu não te ver)
Hoje, o palhaço não sorri, nem graça faz
(enquanto eu não te ver)
Hoje, a boneca de pano não rodopia, cadê alegria?
(enquanto eu não te ver)
Hoje, já nem quero mais viver
(enquanto eu não te ver)
Hoje tenho um único pedido
Não me deixe aqui, sozinho, assim tão perdido
Me mostre a verdade
Pois pra mim, não és sonho,
És realidade...
Mas eu aqui tristonho
Com lágrimas azedas
Das malas desfeitas
Nem sei mais o que pensar
Nem sei mais se quero acordar
Só sei que quero ver-te ...
Para poder, em fim, viver em paz
E saber, no que acreditar ...
Saber que a ti posso amar
Pois não quero nunca
Deixar essa mágica acabar.

Fabrízio Stella
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