Soneto inconsciente à dor

 
Sombras de dor me vem
Quebrando os vidros da imaginação
Voando pelos ares, não só detém
Os lívidos pedaços do coração
 
Ó alma quebrantada
Porque partes tão tristes?
Outrora foste tu, a vida
Porque assim fugiste?
 
Leito da morte! Só a ti entrego
A devoção de uma não-vida
Embalsamando meu jazente ego...
 
Aproveitando e quão do inexistente
Sobrevivendo da vida rejeitada...
Nutrida somente pelas sombras remanescentes...
 
 
 
 
 
 
 
Eloah Leticia

Laetitia D'Moundäth
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