Olhos pedantes,
Sem o ser;
De um dó indigno,
Altivos que são no viver.
 
Olhos negros;
Rio de emoções declaradas,
Turvos de profundos sentimentos,
Invariavelmente expressos às claras.
 
Olhos vivos;
Amantes do sorriso maroto,
Moleque de recados da alegria,
Saboroso é contemplar sua folia.
 
Olhos ardentes;
Lascivos, pecaminosos e provocantes;
Se escondem para só entreter,
Camuflados em gemidos de prazer.
 
Olhos meus,
Que sem me deixar enxergar os vejo;
Sem me fazer sentir os sinto;
Sem me dar a luz, ilumina minha vida.

São Paulo.

Luc Gabriel
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