"VERDADE ÀS VEZES". (Crônica).

"VERDADE ÀS VEZES". (Crônica).


 
“VERDADE ÀS VEZES”.
              (Crônica).
 
Desde que deu início ao mundo, a verdade fica em segundo plano para a maioria dos humanos; você provavelmente torceu o nariz para o que escrevi... Ou talvez me deu razão, sim, por que tem as duas faces da moeda, como eu disse no início, “a maioria”, eu não disse todos.
Digo isso por que todos nós algumas vezes, já faltamos com a verdade, e faltar com a verdade, não é propriamente mentir, isso quer dizer, que ocultamos parte da verdade.
É normal encontrarmos alguém, um amigo ou um parente que não víamos há muito tempo, e perguntarmos. – Como vai você ou como tem passado. Quase sempre ouvimos. – Estou bem; quando na verdade o outro não está bem coisa nenhuma, pode estar passando um momento difícil... De saúde ou até mesmo financeiramente, mas, se o outro resolve falar a verdade, certamente não será ouvido; o outro olha para o relógio, diz que está atrasado... Ou que tem um compromisso e não pode se atrasar.
Por essas e outras todos preferem simplificar aquele encontro dizendo estar bem.
Muitos nem perguntam como o outro está, só para não dar ao outro a oportunidade de falar a realidade, simplesmente inventa alguma coisa ao cumprimentar o outro, como por exemplo. – O sol está quente hoje... Ou está frio... Viu o jogo ontem? Desde pequenino já se aprende a driblar a verdade, os pais sempre cobram a verdade aos filhos, no entanto, muitas vezes quando é solicitado ao telefone, pede aos filhos para dizer que não está; ou que está no banho.
É muito comum ouvir esses tipos de desculpas, das secretárias que sem culpa, defendem o emprego, são obrigadas a faltar com a verdade, mas, se os seus patrões as pegam faltando com a verdade contra eles... Ah! Sem duvida elas perderão o tão defendido emprego.

Autor: Antonio Hugo.



 
 
 
 
 
 
 
 

São Paulo, Agosto de 2007.