Presente a nobreza de Portugal,
A mais bem armada esquadra do ano
Partiu sob o comando de Cabral,
Em busca do outro lado do oceano.
Num vasto paraíso natural,
Um povo forte, feliz e gentil
Ali vivia livre, onde afinal
Seria então descoberto o Brasil.
Era o saber da Europa, a cultura,
Vindo a um eco-sistema se juntar,
Onde habitava um povo de alma pura,
Que também tinha muito a ensinar.
Mas a idade do ferro e a ciência,
Vinham infelizmente acompanhadas
Da cobiça e, pior, da violência
De usar populações escravizadas.
Do grande mal no entanto um bem ficou:
Cultura de outro povo importamos
E com peso de ouro se pagou,
O valor africano que herdamos.
É gigantesca a real extensão,
Muito maior do que a que era antes,
Da terra conquistada pela ação
Corajosa e firme dos bandeirantes.
Tamoios, Palmares, por liberdade,
Felipe dos Santos e Tiradentes,
Domingos Martins, à posteridade,
Legaram lições de heróis conscientes.
Após a vinda do rei D. João,
Foi que o Brasil se tornou um país,
No mundo visto como uma nação,
Como a coroa portuguesa o quis.
Nossa independência foi alcançada
Só quando D. Pedro a corte enfrentou.
Ao Brasil dedicando sua espada,
Na margem do Ipiranga a proclamou.
A completa integração nacional,
Agregando grupos e cercanias,
Foi passo a passo, meta colossal,
Alcançada pelo grande Caxias.
Rio de Janeiro
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença