Nasci na primavera às quatro da tarde
num dia qualquer de outubro de dois mil e seis
estávamos ao todo, só nos três
O vento, a poesia, o fogo no meu peito que arde.

Nasci meio a inspiração de criar
Os versos que delatam minha existência
Minha florescência, meio ao bosque da clemência
De que existo por mais que a mera razão de aqui estar...

E aqui estando, vejo o ódio e o rancor
Não enxergo tão bem como os homens altos
Eu, homem baixo, estou exausto
Do que a altura, geralmente costuma impor.

Entre os céus estão os humanos
que pertencem ao lugar nenhum, Terra!
Estamos perdidos no meio da Guerra
Que é a criação oriunda de nossos primeiros anos

Somos os anjos de nossos corações e somos os demônios de nossos corações...

Nas nuvens, enfim, entre os céus...