O amor está sendo no meio fio e a esperança sobre a rede elétrica
O cão celeste come os vestígios do dia, a noite anda apressada
Rasgo fotografias, um ritual estranho aos meus dias
As cinzas das ruinas meticulosamente guardadas
A realidade atormenta os poetas, e os ermitãos fingem-se solitários
Desligo as estrofes e memorizo o poema
O cão uiva seus medos, e necessita amor
Os dentes brancos do mundo sorriem,
É a manhã que chega
Eu tenho a ossatura dolorida, e fraturas expostas
E eu ainda carrego sob o braço um caminhão de saudades
 
 
Charles Burck (Pseudônimo de Wilson Costa)

 

Wilson Costa Wilson
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