DUAS MOEDAS AO BARQUEIRO


Não se morre! Simplesmente não se morre,
Ao se fechar os olhos, nessa longa estrada.
O corpo ao pó, entregue ao fim da jornada,
A mente liberta, a vastidão toda corre.
 
Chegar é viver! Partir é sempre preciso!
A vida terrena finda... E a alma livre inicia,
Em um lago divino, a longa travessia,
Que a separa, na terra, do paraíso.
 
Da vida pouco se leva, além da lembrança.
O que a mente imagina... E concebe... E alcança...
Todo o aprendizado ajudando a evoluir.
 
À pira, o corpo! O espírito leve... A essência...
A esperança no porvir... A experiência...
Duas moedas ao barqueiro que o conduzir.

Mônica Gomes
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