Suores,
Calor de cio,
Lábios deslizando na pele,
Arrepios;
Baton borrado na boca,
Febre louca,
Desordem no quarto,
Roupas espalhadas pelo chão,
Doce pecado.
Despida de tudo
Entrega o corpo de Deusa
Violeta aberta,
Pétala na ponta da língua
Orgasmos que não cabem
Em princípios e preconceitos,
Saliva quente escorrendo suave
Pelo bico do peito;
Movimentos alucinantes,
Um entre e sai sincronizado,
Prazer quase infinito
Embaçando o espelho do quadro;
Marcas roxas na coxa,
Unhas cravadas nas costas
Sem nenhum constrangimento,
Chama que arde por baixo,
Desejos um pouco violentos;
Gemidos de felina
Hora por baixo,
Hora por cima
Num combate carnal
Fruta doce cheia de suco
Que chupo sem pressa
A parte mais branca do seu corpo
Tem sabores inebriantes
Que para dentro de você me arremessa.
© Todos os direitos reservados