A DÁDIVA DA VIDA 

Do mar tomou a cor
Da beleza infinda tirou o azul
Na profundeza guardou
No escuro selou o mistério

Como no infindo da noite
Onde pairam as estrelas
Onde todo ermo tem seres
Onde todo escuro pulsa

E todo claro transforma
Onde toda chama inflama
O sangue que nos aquece
E o som que nos chama

Para o êxtase celeste
Pois da vida nasce o belo
O belo que nos acalma
A ternura que nos transforma

O calor que fortalece
A chuva que nos refresca
O vendaval que se interpõe
Os trovões que nos escondem

Dos clarões que extasiam
Do silêncio que faz a espera
dos pássaros que se calam
do rio que não para

Do frio que nos encolhe
do amanhecer que nos renasce
do anoitecer que nos recolhe
da paz que nos preenche

Do Amanhã que é a promessa
Do ontem que é a planta
E do hoje que é só semente
E desta soma tudo urdindo
O tapete que é só nosso

"A pessoa que se alegra com cada flor do campo, que agradecida volve por isso o seu olhar para o céu, se encontra muito mais elevada perante Deus, do que uma pessoa que pode dissecá-la cientificamente, sem reconhecer aí a grandeza do seu Criador." Abdruschin em Na Luz da Verdade - graal.org.br

HSERPA
© Todos os direitos reservados