Há fascínios misteriosos que nos atraem para a escuridão,
Porém, são encantos hipotéticos.
Enquanto brilha a luz, às trevas, somos céticos,
Mas quando chega a cegueira, o ego fica em devastação...
Retinas as quais sangram e vão escurecendo
Para nunca mais saborearem os brilhos e imagens...
Eu estou caminhando tal trilha, desviando das miragens
Da negridão suprema que em meus olhos vai crescendo...
O temor tão manso desta morte ocular que se aproxima
É como o súbito estocar da lâmina assassina
A qual vitima, desprevenidamente, os desavisados...
Olhos que ainda enxergam... Mas por quanto tempo?
Vão apodrecendo como a carniça que contemplo
Achando bela, posto que terei apenas os dons memorizados...
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