NOITES DE SERENATAS

Noites de serenatas, tempos idos que pranteiam,
Magistrais menestréis com suas modinhas ao luar,
Violões sonoros com seus belos acordes deleitam,
Fascinantes donzelas que se faziam ouvir e cantar. 

Valsas fagueiras eram poemas de encantamentos,
Sob o breu da rua escampada,versos a declamar,
Momentos romanescos de regozijos e acalentos,
Em noites olentes e orvalhadas à seresta aclamar. 

Janelas se abriam para ouvirem o canto melodioso,
Dos trovadores com seus soantes pinhos a dedilhar,
Fúlgidos raios lunares espargiam em gesto afetuoso,

As madrugadas frias e calmas do seresteiro a trovar;
Expressão do romantismo em espetáculo suntuoso,
Das líricas cantigas de amor, sempre hei de lembrar.

 Rivadávia Leite

Rivadávia Leite
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