Não há barulho
E qualquer barulho
E qualquer arrulho
Em qualquer entulho
Em qualquer rua
De viela deserta
Arrepia a coluna
Do transeunte
De goela quieta
Que caminha calado
- caminha fantasma –
Na calada
Na calçada
Que amplifica os passos
Que acumula os sacos
E, tropeçando numa latinha,
Desperta o latido
Que desperta a matilha
Que acossa o transeunte
Que busca no bolso
As chaves que o esconderão
Da calada...
Mas ainda resta
Uma quadra fantasma.
Praciano
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados