O ser humano não me entende.

Muito menos sente

Quer decifrar, catalogar, prever.

Raramente defender.

 

Sendo mãe natureza

Isso deveria bastar

Com riqueza finita

Um hora a acabar.

 

Ao fim de mim, tranquila estarei

E como uma borboleta, 

Minha metamorfose terei

Nesse tempo eu fico e sigo.

 

Agora você homo

Seguro que continuarás o seu trajeto

Me trata sem acalento

E carvão me faz virar

 

Preservar-me e sobreviva

Mate me e morra

A Vida é,

Mas sempre se transforma. 

 

Cuide a parte de ti 

Que sou

A mim faz mal e a ti também feres.

Lógica perfeita

 

A sua indiferença me entristece

E também

Me enfurece

Muitos milênios e sempre se esquecem.