Desabafo natural
O ser humano não me entende.
Muito menos sente
Quer decifrar, catalogar, prever.
Raramente defender.
Sendo mãe natureza
Isso deveria bastar
Com riqueza finita
Um hora a acabar.
Ao fim de mim, tranquila estarei
E como uma borboleta,
Minha metamorfose terei
Nesse tempo eu fico e sigo.
Agora você homo
Seguro que continuarás o seu trajeto
Me trata sem acalento
E carvão me faz virar
Preservar-me e sobreviva
Mate me e morra
A Vida é,
Mas sempre se transforma.
Cuide a parte de ti
Que sou
A mim faz mal e a ti também feres.
Lógica perfeita
A sua indiferença me entristece
E também
Me enfurece
Muitos milênios e sempre se esquecem.

21/12/2015
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