Brilha , brilha e incendeia
Minha luz e clara estrela
Ofusca meu olhar, os sentidos
Embaralha os instintos, cega o passado
Meu futuro imperfeito de um dia a mais que outrora
Um presente consistente, que no silêncio fala
És a visão no meio do nada.


Sejas céu na noite escura,um porto a mais na amargura
O norte das angústias a  cadência luminosa
Entre mil és o único na multidão solitária dos caminhos tortos
E dos sonhos desvendados, tens a mais bela história.


Na minha pele sois o tato, o toque manso do pecado
A ardência do fogo em brasa na candura dos meus versos
Das doces palavras de um paladar impróprio
O gosto de provar o corpo a qualquer hora
No sentido exato das estações.

Luciana Araujo
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