Morar só é buscar independência, uma fuga para a liberdade.
Livre das amarras já podia voar, do passado resta apenas saudade.
Faz uma ligação, a sorte está no ar. O subconsciente não lhe ensinou a dor,
vai buscar uma paixão quando menina, segue sua intuição, data marcada
para se entregar ao amor, a solução da paixão o amor ensina, uma amor
que desabrochou como uma flor, quando ainda era menina.
Apaixonada, ansiosa e ingênua, abre a porta da alma
e deixa o amor entrar enfurecido, embalada pela emoção
a cortina que a protegia foi aberta para deixar passar
em passos largos da inocência para o amadurecimento precoce.
A data para a entrega era o dia do seu aniversário, não deu tempo.
O amor envolvente anda depressa, parece só existir o hoje.
Assim a vida estava boa, amor e brisa, treinada para sexo ficou viciada,
o tempo todo disponível para o amor, não sabia que o amor
tem uma porta aberta para a dor, que não contamina mas é muito difícil
quando se é menina.
Tinha idade mas não tinha conhecimento o que é o amor.
O amor é tudo que se faz e não existe regra, só vivendo que se aprende
a amar, experiência se aprende na pratica, o beijo e seu significado,
um abraço e a transmissão da energia dos corpos, o sexo e o prazer.
Foi na minha cama que vi tudo acontecer, foram muitos momentos juntos,
uma troca de carinho no meu próprio ninho era um mundo novo
cheio de novidade e encantos, não tive escolha, a entrega foi perfeita,
a dor sentida foi compensada pela emoção de estar em boa mãos
para o primeiro dia de amor verdadeiro.
Gilvan Bulhões – Recife, 04/01/2015.
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