Embora o correr dos anos, quem pode apagar a memória?
Uma borracha que se passa e se exclui tudo o que se deseja...
Quantos risos já não foram dados?
Quantas pessoas já não passaram pela vida?
Alguns juram que ninguém é insubstituível
Afirmando que pessoas são como peças de reposição
Um que vai e outro que vem
E ninguém nem vai perceber ou sentir...
Quem me substituirá ou substituirá você
Ao findar de nossos dias?
Se nem um por do sol substitui a outro
E nenhuma estrela substitui o brilho de uma outra que se apaga
E isto em meio a tantos brilhos que se fazem
Nenhuma outra ocupará o seu lugar
E ainda que brilhe mais
Não se encaixará tão perfeita a tal ponto
Que anule de qualquer memória a existência da outra
Pode ser que pessoas não são insubstituíveis nas posições que ocupam
Mas quanto pessoas, nenhum brilho substitui outro brilho
E por isto ainda me lembro de você
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