Dia sem fim nem começo

Sei que sou um dolo em pensar em não pensar
Penso por que existo e não sei se sinto e que digo ou faço
Sentir é desmistificar o eu
Agora sou místico da imortal mistificação.
 
Transpiro por sensações tácitas
E sou tranqüilo como plácidas águas translúcidas das grandes profundidades abissais  
Manifesto como o fim do mundo
Sou tranqüilidade como a morbidade de um transeunte sem destino
Sou incapaz de amar a humanidade sem ônus. 

Evandro S. Lopes
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